Uma data significativa e importante para promover reflexões sobre a importância dessa instituição presente em nosso contexto social, é 15 de março, data de olhar para “a escola” como ambiente de aprendizagem e aprimoramento em todas as fases de vida de cada indivíduo.
Lugar que potencializa mudanças, habilidades, mobiliza pessoas, e geram conflitos para um fazer igualitário para todos.
O espaço escola tem várias papéis sociais, dentre eles, o de acolher os estudantes e familiares, bem como a sociedade. Ouvir e escutar as necessidades do território e gerenciar a demanda para que todos consigam acessar e usar de forma justa.
A escola não é apenas um espaço físico de concreto com portões grandes e salas ambientes, vai além dos muros. Atualmente as escolas mudaram sua forma arquitetônica para atender a sociedade moderna, começou a pensar sobre as barreiras e observar os novos desafios, assim, tomou medidas mais modernas para ampliar novas possibilidades e conseguir estreitar a distância entre as crianças, adolescentes e jovens que acessam, bem como seus responsáveis.
As mudanças em sua estrutura tiveram intenção de aproximar e criar ambientes mais acolhedores, aconchegantes e modernos.
Já é de conhecimento de todos, que a escola é um direito estabelecido por lei.
Diz o artigo 205 da Constituição Federal de 1988:” A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Com base no artigo é possível perceber que todos temos nossas responsabilidades quanto ao acesso à escola e seus desdobramentos, para mediar o interesse em frequentar e permanecer neste espaço rico em experiências transformadoras para nossas vidas.
A escola é o território das existências, nela encontramos e vivenciamos os saberes que são construídos subjetivamente e no coletivo. Na escola, conhecimento é um processo de construção e, por meio dele, aprendemos a “ser”, “fazer” e” saber”.
“A forma com que o indivíduo incorpora e interage com as exigências provindas do meio, no desempenho de suas necessidades, de sua independência pessoal, de acordo com sua faixa etária e o conteúdo sócio-cultural que lhe foi transferido, observado ou experienciado, indicam o funcionamento adaptativo.” (idem, p.201).
Quando você ouve a palavra escola, o que vem a sua mente?
A resposta mais comum de se ouvir é que ela é um ambiente de aprendizagem. Por muitas vezes pensamos que ela é somente para isso, quando, na verdade, ela vai abranger as várias outras situações, a escola também é um lugar de troca, de socialização, de integração, de pesquisa, um espaço que deve ser agradável a quem perpassa por ela. Lá o conhecimento quem leva não é o professor, essa troca acontece de maneira horizontal, o professor não é o único detentor do saber e é a partir desse momento que aparecem descobertas maravilhosas, escola também é um espaço de exploração, de movimentos artísticos.
Também é na escola que passamos a entender como podemos exercer a nossa cidadania. Ela oferta momentos que estimulam habilidades que se tornarão fundamentais na vida dos educandos, como reconhecer seus deveres e direitos enquanto cidadãos, fazendo com que eles possam compreender como é que funciona uma sociedade e a partir daí busquem sempre por maneiras de como melhorá-la.
É um espaço social construído em conjunto com os familiares, estudantes, equipe gestora e professores. Toda sociedade busca por um mesmo propósito: A formação e evolução dos estudantes.
O movimento da escola busca parceiras para promover ações e projetos mais próximos das realidades que existem no espaço, respeitando a cultura, etnias, religiões, costumes de cada pessoa, sem preconceito e livre para que a expressão seja de fato um movimento comum e natural do ser individual.
Para além de garantir contextualização frente aos conteúdos acadêmicos, um dos maiores feitos que a escola faz é promover socialização por meio de convivência, troca de conhecimento e amadurecimento intelectual, bem como movimentos democráticos para uma sociedade livre.
Neste sentido, vale muito frequentar e usufruir do espaço “ESCOLAR” para colaborar com mudanças que impactam na vida de todos em seu território, se as crianças deixarem de frequentar a ESCOLA o que será do futuro desta geração? Pensar sobre os pontos positivos faz toda a diferença para mantermos firmes nossa constante luta para melhorias nesse setor que muitas vezes é deixado em segundo ou terceiro plano no desenvolvimento do nosso país.
Quando observamos uma criança explorando os espaços de uma escola, logo o sentimento de satisfação sobrepassa a insegurança e o medo. Ao contemplarmos os olhos vívidos e curiosos delas, diz que dividir e propor momentos de trocas são de fato importantes para aprendizagem e convivência.
“No entanto, se nós, que cuidamos dessas crianças, pudermos passar a ideia de que, com tudo isso, a vida vale a pena; se pudermos transmitir-lhes a intensidade da emoção reservadas a quem faz suas escolhas com liberdade, então teremos feito nossa parte.” (WAJNSZTEJN, 2009, p.11).”
O espaço ESCOLA é uma instituição dinâmica e de trocas, cada pessoa que frequenta deixa um pouco de si e das experiências dela, desta forma a construção e reconstrução tem movimentos e perpassar entre as gerações.
A escola caminha com a sociedade em constante evolução, não é apenas os seus muros e estrutura que mudam, e sim a maneira do ser pensante, pensar e assim ressignificar a educação em uma nova visão de mundo.
Toda criança tem em si um jeito único de ver e enxergar o mundo, colaborando para reflexões e mudanças de olhares.
Assim, vou terminando o texto e deixando uma reflexão para pensar que muitas vezes nossa experiência não é positiva, mas pode ser, basta você participar e se posicionar diante dos movimentos e acontecimentos. E o que mais tem valor nesse movimento de ser presente no ambiente escolar e na escola da região é:“ ACOLHER E FORMAR GENTES QUE FAZ A DIFERENÇA NO MUNDO”.
A missão de educar ainda continua e precisamos fortalecer com perseverança e coragem, juntos por uma ESCOLA para Todos!
Referências Bibliográficas
WAJNSZTEJN, Alessandra Caturani et al. Dificuldades Escolares: Um
desafio Superável. 2. ed. São Paulo: Ártemis Editorial, 2009.
BIGNARDI, Edlaine Santos. Família Cria, Escola Transforma. São Paulo: Editira Conquista, 2022.
MARKHAM, Úrsula. Traumas na Infância: Esclarecendo suas Dúvidas. São
Paulo: Ágora, 2000.
